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Amor em atos: A rotina de uma mãe missionária na Pandemia

Diante dos desafios, grandes graças também vem em auxílio daquelas que ofertaram as suas vidas por amor.

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Ser mãe já é uma grande aventura, em tempos de isolamento social essa aventura aumenta e carrega consigo muitas graças para quem sabe enxergar cada detalhe com um o olhar de fé.

Para a missionária da Comunidade de Vida Shalom, Maianna Santos (32), mãe do Pietro (4) e do Giovanni, que vai completar 3 meses, o isolamento social tem sido um tempo desafiante, porém nele também encontram-se várias graças. Uma delas foi a possibilidade de estar mais próximo dos seus, principalmente nestes primeiros meses do recém-nascido:

“Os primeiros meses de um bebê exigem uma atenção redobrada, uma presença muito segura para a criança e uma rotina especial para a mãe que amamenta, no normal o Pietro estaria indo a escola, eu estaria temporariamente afastada das atividades apostólicas e o Sidney como Responsável Local (Missão de Recife), precisaria se dividir mais entre a casa e o Centro de Evangelização. O tempo que vivemos não é fácil, mas por ele posso me sentir mais acolhida, menos só… Haveria uma solidão sadia e natural, porém desafiante… Hoje, posso viver esse tempo de uma forma diferente, cercada pela família”.

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Com a chegada do Giovanni também é necessário trabalhar o novo na vida do irmão mais velho, que agora terá a atenção partilhada. Maianna conta que com a família toda em casa, o Pietro ganhou também uma “segurança” de que não está sendo deixado de lado por outro, é possível agora dividir a atenção com um maior empenho, incluir o Pietro na vida do irmão e mostrar a ele que a chegada de um novo membro da família não o exclui.

Entreter, gastar as energias e zelar pelos vizinhos

Uma dos desafios para muitas mães neste período, principalmente aquelas que moram em apartamento, é zelar pela paz na vizinhança com crianças animadas e cheias de energia para gastar.

“O isolamento tem intensificado em nós – pais – o dom da criatividade. A escola do Pietro tem enviado as tarefas, mas nós também somos responsáveis por gerar o envolvimento dele com cada atividade. Isso tem ajudado a gastar as energias – antes depositadas na escola e nas brincadeiras no parque.

O que tem feito a diferença é o diálogo. Mesmo pequeno, o Pietro entende quando o pai está trabalhando, explicamos e até ele ver que o pai parou de trabalhar, consegue se envolver em outras coisas sem interrompe-lo. Então, dialogar com as crianças é uma grande chave.”

Casa, bebê, criança, esposo… Deus

Maianna conta também que estar em casa neste tempo tem permitido a ela coisas que não viveria no tempo comum da missão:

“Tenho a adoração comunitária em minha casa através da LiveSh, isso me consolou muito! Posso ali, diante da TV com o bebê nos braços, às vezes com o mais velho brincando, ouvir a Deus na adoração, rezar o Santo Terço com a Comunidade, coisas que inicialmente não viveria pela necessidade de estar em casa… Como também, como família, assistir a missa todos juntos.”

Dicas para as mamães neste tempo

Para as mães, Maianna aponta três passos que tem feito a diferença na vida dela durante a quarentena. A primeira é aproveitar todas as chances de rezar, principalmente com a programação da LiveSh, momentos que formam e fortalecem os corações e os unem mais.

É importante, mesmo com os desafios, lutar ao máximo para manter a oração, pois neste tempo de pós parto (no caso de Maianna), o ser mãe está se reorganizando e a oração vai trazendo a paz que é necessária para organizar a vida do lar.

A segunda, é elaborar listas quando tudo parecer confuso:

“Muitas vezes, esse é meu primeiro passo para colocar a casa em ordem, o cardápio da semana, as coisas que preciso fazer e até mesmo a rotina das crianças que são bem específicas. Anotar sempre me ajuda a esvaziar a mente e minhas próprias agitações e recomeçar cuidando das coisas como elas merecem. Ficou confuso? Pare, respire e anote. Isso nos ajuda até a lidar melhor com os inúmeros imprevistos que surgem em casa”.

Por último, Maianna adverte a necessidade de zelar pelas orientações de prevenção e pelos cuidados especiais com os recém-nascidos:

“Sabemos que as crianças não estão na faixa de risco, mas isso não é motivo para diminuir os cuidados com os pequenos. Precisamos, com esperança, seguir as recomendações de higienização da casa e das mãos, até porque o bebê está tendo a imunidade construída”, conclui.

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