Nos dias 14 e 15 de setembro aconteceu no Centro de Evangelização da Missão Shalom de Aracaju o ‘Congresso de Santa Teresinha e a Ciência do Amor’, para aprofundar o tema, Daniel Ramos, missionário consagrado da Comunidade de Vida, ele há uns anos, foi enviado a França e lá morou por 20 anos, com isso, ele pode aprofundar sobre a vida da Santa francesa.
Ao longo desses dias, as centenas de pessoas que participaram do evento, puderam conhecer e se aprofundar sobre a vida desta Doutora da Igreja e grande exemplo de missionariedade. Daniel Ramos, pregou 5 temas sobre Santa Teresinha, trazendo fatos marcantes da vida dela, o contexto histórico, como o sofrimento não abalava a fé tão vivificante e alegre da Pequena Teresa.
Como surgiu o Congresso de Santa Teresinha?
Daniel explica que foi algo que surgiu quase espontaneamente. Como ele morou na França por muito tempo, ia estudando sobre Santa Teresinha e, com o passar do tempo, as pessoas começaram a convidá-lo para pregar sobre ela. Assim, ele podia, aos poucos, aprender e ensinar, e sempre vivia sobre a intercessão e doutrina dela.
Desde o final de 2022 que o Instituto Parresia sentiu o chamado de Deus em proporcionar encontros de formação de forma presencial. “Estamos abertos para as missões e também para outras comunidades e movimentos da Igreja em dar cursos de Teologia, Espiritualidade, não apenas de Santa Teresinha, mas de qualquer tipo de curso que fale de Deus, que aprofunde a Doutrina da Igreja. Só que, como Santa Teresinha é muito amada no Brasil, geralmente as pessoas têm escolhido esse tema,” explica o consagrado.
Um irmão missionário
Conforme o missionário, que também faz parte do Instituto Parresia, “estudar é uma missão que me ajuda em oração. Não é um estudo puramente intelectual, mas uma experiência com Deus. E aí estudar e aprofundar a fé, poder avançar nas vias de Deus e ajudar outras pessoas a terem uma experiência mais profunda com o Senhor. A Teologia a serviço da vida espiritual. Nunca separe o estudo da vida!” conta Daniel.
“Eu me sinto filho de Santa Teresinha e irmão. Ela tinha o sonho de ter um irmão missionário e eu tenho a graça de ser um desses irmãos que ela adotou. É uma amizade desde minha experiência com Deus, ainda adolescente. Com seis meses do meu Seminário de Vida eu queria desanimar, desistir da vocação, aí ganhei um livro chamado ‘Retiro com Santa Teresa do Menino Jesus’. Ao rezar com esse livro descobri que é possível mesmo se sentido muito fraco seguir a Deus e ir adiante. Foi daí que começou em vários momentos da minha vida Santa Teresinha se fazer presente”, conclui.
Só tenho hoje!
O missionário pode também explicar sobre a pequena via de Santa Teresinha, a qual é a via do amor em qualquer momento da vida.
Não se pode deixar para vida adulta ou para a terceira idade a santidade. Santa Teresinha dizia que ‘Só tenho o hoje para amar’, e para ela, Deus vale a pena imediatamente, não convém adiar. Por isso que Santa Teresinha ela é a Santa do agora!
“No meu matrimônio, na minha vida de missionário, em tudo fazer uma ocasião para amar. Não esperar aquele momento em que a gente acha que terá a possibilidade de fazer um ato heroico por Deus, porque pode ser que esse dia nunca chegue. Em compensação, a vida ordinária, como dizia Madre Teresa de Calcutá, é o lugar do amor extraordinário.”
Então, se aprende que é preciso renunciar ao que nos afasta de Deus, pois o pecado desfigurou nossa identidade. Se faz necessário ter o desejo maior de desejar para si o que Deus deseja para si. E assim, ser livre para discernir o que leva para Deus e para o amor verdadeiro.
Uma pessoa crucificada, amarrada, foi a pessoa mais livre da face da Terra, nada impediu Jesus de continuar amando. Teresinha não se entregava aos sentimentos, pois tinha uma sensibilidade infantil, foi preciso que Nosso Senhor fizesse um pequeno milagre.
Teresinha e o povo aracajuano
Com o decorrer do Congresso, Daniel Ramos pôde perceber que o povo da capital sergipana, além de querer saber mais sobre Santa Teresa, era um povo com sede de Deus.
“Eu vejo o povo de Aracaju com muita sede de Deus. Já fui em missões em outros lugares onde as pessoas nem sabiam que tinham sede de Deus, mas na Missão Aracaju, eu percebo um povo que tem sede de Deus e tem a consciência de que é em Deus que saciamos o coração”, finaliza.
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