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Bíblia física ou digital: Qual a diferença?

Quando pegamos a Bíblia para rezar, precisamos ter consciência que não estamos lidando com um livro qualquer, mas Cristo Palavra, pois “O verbo divino se fez carne e habitou entre nós” (João 1,14).

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Por qual meio você costuma rezar com a Sagrada Escritura: bíblia física ou no celular? A Igreja nos ensina que a Palavra de Deus é alimento para nossas almas. Assim como temos a necessidade alimentar nosso corpo diariamente, também nossa alma anseia por se nutrir da Palavra de Deus, que é viva e sempre se atualiza em nossa vida.

Quando pegamos a Bíblia para rezar, precisamos ter consciência que não estamos lidando com um livro qualquer, mas Cristo Palavra, pois “O verbo divino se fez carne e habitou entre nós” (João 1,14).

Bíblia física ou bíblia no celular?

Na correria do dia a dia ou devido a realidades específicas, podemos não encontrar tempo para rezar com a Bíblia física. Nesses casos, aplicativos da Bíblia ou da liturgia diária podem ser uma alternativa para manter o contato com a Palavra de Deus. Como destacou o Papa Francisco no Angelus de 6 de abril de 2024:

“Hoje podemos ler o Evangelho também com muitos instrumentos tecnológicos. Pode-se levar conosco a Bíblia inteira num celular, num tablet. Importante é ler a Palavra de Deus, com todos os meios, mas ler a Palavra de Deus: é Jesus que nela nos fala! E aceitá-la de coração aberto. Assim o boa semente dá fruto!”

No entanto, ao utilizar o celular, há o risco de uma leitura apressada e superficial de ideias que não conseguimos digerir. Já a Bíblia física permite uma leitura mais lenta e contemplativa, onde saboreamos cada palavra.

O contato com a Palavra de Deus é o contato com o próprio Cristo

Além disso, o contato com a Sagrada Escritura por meio do livro físico nos ajuda a manter a consciência de que estamos recebendo o próprio Cristo. Como ressalta o Papa Francisco: “A Igreja diz-nos que Jesus está presente na Escritura, na sua palavra.”

Para aumentar o contato diário com a Palavra de Deus, o Santo Padre recomenda: “aconselho muitas vezes que se tenha sempre um pequeno Evangelho na bolsa, no bolso, para ler um trecho durante o dia”.

Assim, é claro que a tecnologia pode ser uma aliada valiosa para mantermos a sintonia com a Palavra de Deus. No entanto, aplicativos, sejam de Bíblia, liturgia diária ou formações, não devem substituir a Sagrada Escritura física. Precisamos lembrar que a Bíblia não é um livro comum. Ela não deve ser um mero depósito de bilhetes ou um enfeite na estante. A Palavra de Deus é sagrada e um tesouro em nossa vida; é o nosso encontro pessoal com Jesus.

Sobre o uso da Palavra de Deus em comparação ao uso do celular, Papa Francisco nos faz refletir:

“O que aconteceria se usássemos a Bíblia como usamos o nosso celular? Se a levássemos sempre conosco (ou pelo menos um Evangelho de bolso), o que aconteceria? Se voltássemos quando a esquecemos, se a abríssemos várias vezes por dia; se lêssemos as mensagens de Deus contidas na Bíblia como lemos as mensagens em nosso celular, o que aconteceria?. É uma comparação paradoxal, mas faz pensar.”

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