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Carlo Acutis e sua vida penitencial

Santa Teresa de Ávila diz que podemos medir o amor com que acolhemos um convidado querido pelo empenho em preparar a casa para recebê-lo. Sendo assim, para receber o hóspede mais importante de todos, que é Jesus Cristo, precisamos conservar nosso coração “bem arrumado”.

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Para estarmos sempre com nosso coração “arrumado”, recorremos ao Sacramento da Reconciliação, como Carlo Acutis aconselhava os seus catequizandos em seu kit para a santidade: “Se for possível, confesse seus pecados veniais todas as semanas”.

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Antonia Salzano, mãe de Carlo, certa vez disse que o filho, como todas as outras pessoas, precisava lutar constantemente contra seus defeitos e más inclinações, portanto, buscava ter uma vida penitencial, a fim de exercitar a vontade e superar suas imperfeições. Diante disso, o jovem descobriu a via da confissão como um ótimo exercício de humildade e fortalecimento da vontade. De fato, um dos grandes efeitos deste sacramento é o crescimento do dom da fortaleza, que nos leva a suportar as vicissitudes da vida com a força sobrenatural da graça.      

Na vida de todos os cristãos, a santidade é construída realmente através de uma luta, pela qual superamos, por graça divina, os nossos pecados e imperfeições, para cada vez mais nos assemelharmos à vida de Cristo, alçando, assim, o livre voo rumo ao céu. 

Carlo costumava recorrer à figura de um balão de ar quente para explicar os efeitos de uma boa confissão na alma: “Um balão⁠ para subir bem alto, necessita despojar-se de tudo que pesa; pois assim faz a alma, para elevar-se ao céu, necessitando tirar pequenos pesos que são os pecados veniais”. Desse modo, a confissão é o instrumento pelo qual o Senhor retira de nós os pesos e apegos que nos prendem a esta terra, nos permitindo, assim, crescer em santidade.

Além disso, a confissão é um sacramento de cura, pois regenera as feridas da nossa alma causadas pelo pecado. Uma das grandes artimanhas do demônio para nos enganar é a tentativa de nos convencer de que o mal não existe, desse modo, poderíamos cometer todos os atos que quiséssemos, sem correr o risco de pecar.

Por isso, a confissão se tornaria algo obsoleto. Agindo assim, as feridas da nossa alma continuariam silenciosamente a aumentar a cada mau pensamento, má palavra, má atitude ou omissão que praticássemos. Sem a consciência a respeito destas chagas, não poderíamos aplicar-lhes o bálsamo da reconciliação, até que se tornassem lesões tão graves, que seriam fatais, causando a morte espiritual eterna.

Ao contrário, quanto mais nos esforçamos para tomar consciência a respeito da nossa fraqueza e do mal que deseja encontrar espaço do nosso coração, mais podemos recorrer humildemente ao Sacramento da Reconciliação, não apenas em situações de pecado mortal, mas frequentemente confessando os pecados veniais que, se não são combatidos, podem abrir espaço para os pecados mais graves.         

A confissão atrai o olhar misericordioso de Deus para nós por meio da humildade, nos prepara para receber o divino hóspede de nossa alma, fortalece nossa vontade e cura nossas chagas, portanto, é essencial para nos fazer dar passos no caminho de santidade proposto por Jesus Cristo, livres dos pesos que nos aprisionam aos desejos mundanos e direcionando o nosso coração para cada vez mais desejar as alegrias do céu. 

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