No segundo dia de Halleluya Rio, 3 nomes deram start nos shows e fizeram todo mundo dançar, rezar e louvar: Davidson Silva, Jadir Barcellos e Cosme! A alegria ficou evidente no evento com os cantores que partilharam um pouco sobre seus shows e a experiência que tiveram. Cada um com sua característica trouxe um testemunho muito particular.
A seguir, alguns momentos desse bate-papo.
Davidson Silva
Davidson Silva, consagrado da Comunidade Shalom, como sempre trouxe um repertório recheado de sucessos, frutos de uma carreira consolidada na música católica.
Perguntamos ao cantor sobre a importância de ocupar espaços populares como o Terreirão para levar uma mensagem de fé através da música:
“Acho importantíssimo, porque me faz até lembrar daquilo que o nosso saudoso Papa Francisco pedia, para que a gente fosse uma igreja que fosse ao encontro. E nós temos esse papel de levar Cristo aonde os nossos pés pisarem. Então é importantíssimo que nós adentremos esses lugares para lhe mostrar que Deus habita em todos os lugares.
Sobre o poder de transformação que a música tem e o que ela fez na sua vida, o cantor disse: “A música está presente na minha vida desde que eu era criança, então se eu estou aqui até hoje foi pelo movimento que Deus colocou na minha vida e fez brotar esse desejo de corresponder à vontade dele, e foi através da música. Então a minha experiência com Deus, que é uma experiência que transforma, ela veio através da música. A música tem esse poder transformador, isso eu falo por mim mesmo”, completou
Jadir Barcellos
Já para Jadir Barcellos, que chegou ao Halleluya num tempo bem desafiante para o mundo (na pandemia), partilhou sobre sua experiência com a Comunidade, especialmente sua participação no Halleluya Solidário:
“Cantar no Halleluya é uma experiência extraordinária. Mas especialmente no Halleluya Solidário porque ali eu vi o quanto vocês lutaram para fazer acontecer. Eu fui ao evento sozinho, só com um violão. Então rezei pra que Miguel, Rafael e Gabriel estivessem ao meu lado e de repente 3 irmãos em situação de rua sentaram na minha frente para assistir ao show. Fiquei impressionado com Deus nessa hora.”
Ainda sobre o Halleluya Solidário, o cantor desabafou: “Mas falando do Solidário, o que mais mexeu comigo foi perceber que eram vocês fazendo tudo. Eu fui pro Solidário pensando que teria uma super estrutura de apoio pra vocês. De repente eu vi as tendas montadas, tudo lá pronto e na realidade foi tudo feito por vocês. Vocês montaram a estrutura, vocês estavam servindo lá com todo amor, atendendo os mais vulneráveis. Eu vi aquele monte de cabelo no chão, dos cortes que eram feitos e via vocês trazendo dignidade novamente para os irmãos em situação de rua e tudo aquilo que eu contemplava era a ação de vocês, não tinha um apoio específico. Era simplesmente vocês ali fazendo tudo acontecer.
Eu já fui no Abrigo, né, mas naquele dia, se eu já tinha um carinho pela comunidade, com esse evento eu passei a admirar muito mais, porque eu vi o quanto vocês fazem. Esse serviço, que é feito com amor e por amor, causa um impacto tremendo na cidade e nos corações de quem participa.”
Cosme
Figura mais que carimbada no Festival, Cosme sabe levantar o público e fazer todo mundo pular que nem pipoca. Mas, também leva os corações a momentos de oração e adoração.
Com um testemunho de vida forte, ele dividiu com a gente um pouco de sua conversão e sobre sua missão ser motivo de gratidão:
“É total gratidão a Deus. Crer sempre que eu tenho que mortificar em mim a vida de pecado que eu vivi. Então Deus que me deu essa alegria e a alegria do senhor é nossa força, então eu quero levar isso como forma de retribuir ao povo. Quando eu vejo tantas famílias do Rio de Janeiro que foram destruídas pelas coisas que eu fiz quando estava no tráfico, eu me arrependo assustadoramente. Por isso que eu quero levar a alegria. Chega de tristeza! Vamos louvar ao Senhor!
E aí, na hora certa, entra o testemunho. Porque o testemunho precisa impactar os jovens de hoje. Porque o testemunho é míssil para impactar; fazer entender que aquela vida não leva a nada, só leva a destruição, então vou continuar alegrando, vou continuar levando aquelas musiquinhas que faça o povo dançar se divertir. Só podemos mostrar como nosso Deus é igual.”
Perguntado como enxerga a transformação simbólica do Terreirão em um “Terreirão da Paz” e qual sentimento isso desperta como artista carioca, ele respondeu:
“Pra mim que vim do mundo do samba. Meu pai que foi do Salgueiro, eu que desfilei e vendi tanta droga em desfile de escola de samba, que vi a inauguração dessa Avenida e ver a construção desse Terreirão do Samba, hoje estar aqui cantando e falando do amor de Deus é bom demais. Nesse lugar que nós queremos consagrar a paz todo dia, eu trabalho aqui não muito longe, eu passo aqui em frente e ficava falando no interior ‘quando é que nós vamos tomar para nós esperamos a transformar no Terreirão da graça Deus dá paz na santidade da alegria
de ser de Deus?’ E a comunidade Shalom com seu chamado de levar ao mundo uma paz verdadeira que edifica, ajudando aqui no Rio de Janeiro e eu quero apenas colaborar. Quero ser essa sementezinha. Já tô aí com 65 anos de idade, mas eu ainda pretendo cantar até não poder mais. E quando não der, vou estar intercedendo até o último dia da minha vida. Com a comunidade quero levar a Palavra do Senhor e a alegria de buscar o céu.”
Isso é Halleluya! Isso é som da esperança que transforma corações!
Girlaine Soares