Resenha: O retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde
Dorian Gray é um jovem dotado de grande beleza, todos que o conhecem se encantam com suas feições. Basil Hallward, um pintor e grande amigo, faz um quadro de Dorian, o qual surpreende a todos. Dorian ao ver seu rosto pintado no quadro fica maravilhado com tanta beleza mas depois se revolta ao pensar que irá envelhecer e sua beleza passará, enquanto que a pintura permanecerá bela e inalterável com o passar do tempo.
Dorian conhece Lorde Henry, um homem rico e hedonista que exercerá um grande influência maligna na vida do jovem. Dorian então passa a considerar a beleza e a juventude as coisas mais importantes na vida e toma como ideal aproveitar ao máximo os prazeres da mocidade. O garoto começa a corromper-se e a buscar mais e mais prazeres.
Depois de cometer pecados que antes eram abomináveis, vendo sua pintura no quadro, percebe que está modificada e com traços grotescos. O quadro passa a ser o reflexo de sua alma, que perde a beleza a cada pecado que ele comete.
O romance se passa na Inglaterra, em meio a peças de teatro, óperas, literatura, muita cultura e aborda questões sobre a amizade, filosofias, valores morais e a efemeridade da beleza. O livro mostra bem para onde conduz o caminho da busca egoísta por prazer e como a liberdade de escolha fica aprisionada.
“Agora se convencia de haver desluzido a alma, corrompido o espírito e criado infernais remorsos; capacitava-se de que tivera sobre os outros uma desastrosa influência e que nisso encontrara um perverso prazer. Tudo seria irreparável? Não haveria mais esperanças para ele?”
Anderson Fernandes Pessoa