Esperança, oração, conversão, tempo de unidade nas famílias e evangelização criativa. Estas são palavras escutadas e vividas por milhares de pessoas de várias nações que testemunham por diversas redes sociais, enquanto todos vivem este tempo que sofre com a pandemia do Covid-19.
Com o fechamento das igrejas e instituições, os membros da Comunidade Católica Shalom começaram a utilizar novas formas de evangelizar e de levar esperança e fé para toda uma humanidade imersa no contágio e alastramento do corona vírus.
Coração cheio de esperança
A Emanuelle Rodrigues, neo-discípula da Comunidade de Aliança, testemunhou que quando olha para o cenário mundial destes dias sente medo e preocupação não somente por ela, mas pelos seus e pelos que perderam seus familiares. Mas, ao mesmo tempo, seu coração se enche de esperança por saber que Deus é o dono de tudo e que nada acontece sem a sua permissão.
Ela diz que: “Em oração durante esses dias, tentando manter a paz dentro de mim, Deus suscitava fortemente em meu coração para que o louvor não saísse dos meus lábios, ia entendendo e percebendo também o quanto Deus me atraía nessa quaresma e no período de quarentena para olhar para Ele, para voltar a minha vida para Ele, para se dedicar mais aos meus, para se dedicar mais a ter uma vida íntima com o Senhor. Por fim, pude perceber Deus tirando o meu olhar das coisas supérfluas e passageiras e voltando para Ele, aquele que permanece o mesmo”.
A oração em família
A saudade dos amigos e das pessoas do seu grupo de oração é o que está sentindo a Liliane Nascimento, residente em Itapajé-CE. Ao falar sobre como está vivendo este tempo, ela disse: “busco contemplar a graça de Deus se manifestando na minha vida e na minha família, estamos mais próximos, assistimos à Santa Missa, rezamos o terço juntos, ações que antes não fazíamos juntos”.
A inocência santa de uma criança
Algumas famílias têm se reunido mais para rezar o terço e fatos extraordinários acontecem durante estes momentos. Alexandre Pereira, consagrado na Comunidade de Aliança, testemunhou um fato ocorrido na quarta feira, dia 18, enquanto rezavam com toda a família da sua esposa, Rocilda. “Na hora dos mistérios dolorosos, nosso filho de 1 ano e 8 meses, Samuel, pegou o crucifixo se ajoelhou ergueu acima de sua cabeça, depois o beijou, levantou-se e saiu erguendo a cruz para cada um ali contemplasse enquanto rezávamos”.
De acordo com Hildeane Teixeira, vocacionada, há um misto de sentimentos vão invadindo os nossos corações. Dentre eles a saudade. A saudade da liberdade, a saudade da rotina (que por muitos dias não dávamos o devido valor), a saudade da rotina Shalom, pela a qual muitas vezes fomos criticados e questionados: – Pra que tanta reza? – Vocês estão exagerando! – Vocês vão morar no Shalom é?
E hoje chegamos a conclusão, de como foi tão pouco o que fizemos. Meu Jesus, como dói saber que você estava lá, disponível para adoração, e nós dizíamos não ter tempo para ir te adorar, para estar em Tua presença. Jesus se nós tivéssemos a consciência do quão valioso é estar aos Teus pés, teríamos ido mais, teríamos dado mais de nós e de nossas vidas para Ti.
Porque Tu mereces toda a honra e toda a glória! Porque só Tu Senhor, é o caminho, a verdade e a vida! Bendito Sejas Tu Jesus! Obrigado até mesmo por este tempo, que nos permite olhar para a Cruz de uma maneira diferente. Se for da Tua vontade, nos lava com Teu precioso sangue, nos liberta deste mal e nos cura.
Por Matheus Araújo