O calendário litúrgico marca o dia 1º de novembro como o “dia de todos os santos”. Segundo a Tradição, a festa foi colocada nesta data por ser logo após o “Halloween”, que acontece no dia 31 de outubro, sendo a festa “não cristã” mais celebrada no mundo todo.
Mas quando se fala de “todos os santos”, de quem você lembra?
É claro que você já ouviu falar de Santa Teresinha, São Francisco, Santo Antônio e tantos outros santos conhecidos, elevados às honras dos altares. Mas cada um deles tem seu próprio dia, não é mesmo? Por exemplo, neste mês de outubro, celebramos logo no dia 1º a memória de Santa Teresinha. No dia 4 de outubro, foi a vez de São Francisco de Assis. Ainda tivemos Santa Teresa D’Ávila e São João Paulo II (dia 15 e dia 22 respectivamente), além de várias outras memórias de santos. Então, o que exatamente celebramos no dia 1º de novembro, o dia de “todos” os santos?
Este dia serve para lembrar toda a Igreja da nossa vocação à santidade. No dia de “todos” os santos, pedimos a intercessão também daqueles que não foram elevados aos altares. Homens e mulheres, crianças e jovens, mártires escondidos, que morreram em estado de graça, cujos nomes não sabemos, mas que estão no céu a interceder por nós. Neste dia, a Igreja recorda a vocação de cada batizado à santidade.
Na Exortação Apostólica “Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no mundo atual, o Papa Francisco diz: “Não pensemos apenas em quantos já estão beatificados ou canonizados. O Espírito Santo derrama a santidade, por toda a parte, no santo povo fiel de Deus (…). Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir. Nesta constância de continuar a caminhar dia após dia, vejo a santidade da Igreja militante. Esta é muitas vezes a santidade “ao pé da porta”, daqueles que vivem perto de nós e são um reflexo da presença de Deus, ou – por outras palavras – da ‘classe média da santidade’.”
Sabe o que isso quer dizer? Que todos nós temos esse chamado à santidade! Sim, inclusive você. Mas de que forma Deus te chama a ser santo? Bem, isso é uma conversa entre vocês dois… Mas você pode ser santo exatamente onde você está hoje: na sua casa, no seu trabalho, dentro do ônibus lendo esse texto no celular ou dentro da sua sala de aula! Afinal, o próprio Papa Francisco diz, ainda na Exortação sobre o chamado à santidade,
“Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”.
Que este dia sirva para refletirmos sobre o nosso chamado à santidade e desejarmos, com todas as nossas forças, um dia estarmos no céu, ainda que sem a glória dos altares, a contemplar o Senhor face a face. Que bonito é pensar que isso é possível, não é mesmo? Que todos os santos roguem por nós esta graça!
Redação – Shalom Macapá