A alegria do carnaval contagia todo o Brasil e pessoas de todas as idades. A alegria da festa, a alegria de estar com os amigos, a alegria da liberdade, a alegria que torna a juventude viva e vibrante como as cores. Como saciar o anseio por essa alegria e torná-la cada vez mais viva e forte dentro de nós? A alegria que buscamos como um grande abismo busca o sentido de ser.
Como tornar concreto o nosso desejo de eternidade quando os dias de festa e de alegria passarão? O carnaval acaba com a quarta-feira de cinzas e com ele a nossa alegria, mas as cores continuam vibrantes e vivas… As cores permanecem com o vigor e o brilho originais do seu ser. As cores mancham e marcam fortemente tudo aquilo que tocam. As cores iluminam tudo aquilo que tocam.
O que pode ser tão constante como as cores para preencher o abismo, aparentemente, insaciável, que deseja pela felicidade? Abismo que nem mesmo a mais bela e intensa das cores é suficiente. Nada! Nada como um outro abismo tão maior que o primeiro, origem de toda e qualquer alegria: o Amor. O amor que é uma pessoa, Jesus Cristo, por quem e para quem tudo foi criado, tudo foi feito. Ele é a origem de todas as coisas, inclusive do tempo. Ele marca com a eternidade tudo aquilo que toca. Ele transforma a mera alegria na alegria que não passa, mas que perdura pela eternidade.
Essa é a experiência que somos convidados a fazer na Festa das Cores: deixar-se manchar pela vibração e vida das cores. Ter a coragem de conhecer Aquele que é a verdade, que é a alegria que não passa no final do carnaval e depois espera, na abstinência, a próxima festa de vazia e mera alegria. O carnaval vai ser assim, não, “mais um”, mas a porta para uma grande aventura no imenso abismo de intensas cores. Você… tem coragem?
Sâmia de Almeida