O que te dizer, Paris, a ti, cujas principais armas, nesses dias de horror, são as silenciosas canetas e os cartazes de solidariedade aos mortos? O que dizer ao teu silêncio enlutado, tu que marchas pelas ruas em avanço semelhante ao das turbas que derrubaram a Bastilha? O que te dizer, Paris, cujas luzes se apagam e deixam em trevas tua Torre Eiffel? Como consolar-te, Paris?
O que dizer a ti, França, aterrorizada e atônita, agarrada ao teu lema de liberdade, igualdade, fraternidade tão fortemente vilipendiado por terroristas nascidos do teu próprio seio? O que dizer-te, querida França, filha primogênita do cristianismo, terra de tantos e tão grandes santos? Como consolar-te quando novamente tuas ruas se mancham de sangue a evocar tuas guerras?
Resta-nos o silêncio, como a ti, pois também nós fomos tocados pelas tuas trevas.
Em nosso silêncio, oramos por ti, França cara, e pedimos ao Senhor que seja, Ele mesmo, tua Liberdade. Assim, bem mais que um lema, ela será para ti Encontro com Ele.
Com o coração oramos por ti, Terra da Galícia, para que tua Fraternidade venha do amor a Deus mais que de tuas leis.
Unidos à tua dor, oramos por ti, tão enlutada em teu mais uma vez erguido “étandartsanglant”, para que tua igualdade seja testemunho de justiça cristã que considera todos os outros superiores a si próprio.
NotreDame te console, Paris! St Denys te guie, Jeanne d’Arc renove tua coragem, Teresinha te ajude a amar com atos concretos, simples e pacíficos no teu dia a dia.
Que, diante do Sangue da cruz de Cristo que, em teus filhos mortos, corre pelas ruas, tu possas cantar, em nova luta pelo Amor: “Marchons, Marchons que lesangduchristabreuve nos sillons!”
Maria Emmir Oquendo Nogueira
TT @emmiroquendo
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Coluna da Emmir comshalom.org
Entrelinhas – Revista mensal Shalom Maná, ed. Shalom
gostei do texto, pois em resumo a irma lembra que leis e segurança são importantes mas o escudo de deus e suas palavras é que vão levar a frança para a paz e a consolidação como uma terra de paz amor e cristianismo