Igreja

Papa Francisco: ‘O primeiro passo para evangelizar é ter Jesus no centro do coração’

Em sua catequese sobre o zelo apostólico, o Pontífice recordou o testemunho de Charles e Foucault. Confira os principais destaques da Semana do Papa.

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Fonte: Vatican News

A Semana do Papa foi marcada pelo apelo à oração e jejum pela paz. Francisco dedicou a terça-feira, 17, a um dia de súplica pelo fim do conflito na Terra Santa e pediu que os civis sejam poupados. Também nesta semana, o Pontífice continuou sua série de catequeses sobre o zelo apostólico, apontando o exemplo de Charles de Foucault e respondeu a algumas críticas sobre sua postura em favor dos pobres em uma entrevista a agência de notícias argentina Télam. Confira a seguir alguns destaques da Semana do Papa.

Catequese sobre o zelo apostólico

O Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico na Audiência Geral desta quarta-feira (18/10). Nesta semana, o Pontífice propôs meditar sobre o testemunho de Charles de Foucault, “homem que fez de Jesus e dos seus irmãos mais pobres a paixão da sua vida”.

Segundo o Papa, “o irmão Charles nos recorda que o primeiro passo para evangelizar é ter Jesus no centro do coração, é ‘perder a cabeça’ por Ele. Se isso não acontece, dificilmente conseguiremos mostrá-lo com a vida”.

Relembrando os episódios da vida do santo, o Pontífice afirmou que aquele que tem o encontro pessoal com Jesus também vê nascer em seu coração o desejo de anuncia-lo.

 
 
 
 
 
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“Sempre acontece assim, quando cada um de nós conhece mais Jesus, nasce o desejo de torná-lo conhecido, de partilhar este tesouro”, ressaltou o Papa, “com a vida, porque «toda a nossa existência – escreve o Irmão Carlos – deve gritar o Evangelho». Muitas vezes na nossa existência grita mundanidade, gritam coisas estúpidas, coisas estranhas. Mas, ele diz: não toda a nossa existência deve gritar o Evangelho”.

E completou: “Não nos esqueçamos que o estilo de Deus são três palavras: proximidade, compaixão e ternura. Deus está sempre próximo, tem sempre compaixão e sempre é terno, e o testemunho cristão deve seguir esta estrada de proximidade, compaixão e ternura. São Charles é era assim manso e terno”.

Dia de oração pela paz na Terra Santa

O Papa dedicou a terça-feira, 17 de outubro, a um dia de oração e jejum pela paz na Terra Santa. Ele reforçou que a “A oração é a força suave e santa para se opor à força diabólica do ódio, do terrorismo e da guerra”. O Pontífice também fez um forte apelo: “Que os reféns sejam libertados, os civis não sejam vítimas do conflito, o direito humanitário seja respeitado e não se derrame mais sangue inocente”.

Dia Mundial das Missões

O dia Mundial das Missões, celebrado neste domingo, 22 de outubro, foi recordado pelo Papa Francisco durante a Audiência Geral da última quarta-feira (18). A Mensagem de Francisco deste ano tem como tema “Corações ardentes, pés ao caminho” (cf. Lc 24, 13-15), inspirado na história dos discípulos missionários de Emaús ao encontrar Cristo e transformar os corações. 

“Portanto saiamos também nós, iluminados pelo encontro com o Ressuscitado e animados pelo seu Espírito. Saiamos com corações ardentes, olhos abertos, pés ao caminho, para fazer arder outros corações com a Palavra de Deus, abrir outros olhos para Jesus Eucaristia, e convidar todos a caminharem juntos pelo caminho da paz e da salvação que Deus, em Cristo, deu à humanidade”, escreve.

A humanidade está carente de protagonistas

O Papa Francisco em uma entrevista à agência de notícias argentina Télam. Questionado sobre “O que está faltando à humanidade e o que está sobrando?”, o Pontífice afirmou que há uma carência de promoção dos valores verdadeiros.

“A humanidade carece de protagonistas da humanidade, que tornem visível seu protagonismo humano. Às vezes, percebo que falta essa capacidade de gerenciar crises e de fazer emergir a própria cultura. Não tenhamos medo de trazer à tona os verdadeiros valores de um país. As crises são como vozes que nos mostram para onde devemos ir.”

Ao ser questionado sobre o tema do trabalho, o Papa falou da dignidade do trabalho e do grave pecado da exploração: “É o trabalho que nos torna dignos. E a maior traição a esse caminho de dignidade é a exploração. Não da terra para que ela produza mais, mas a exploração do trabalhador. Explorar as pessoas é um dos pecados mais graves. E explorá-las para seu próprio lucro”. 

Francisco lamentou que algumas pessoas o chamem de comunista quando ouvem falar de suas encíclicas sociais: “E deixo claro que não sou comunista, como alguns dizem. O Papa segue o Evangelho.”

A entrevista com o Papa também abordou o tema da Inteligência Artificial, segurança universal e harmonia na Igreja.

Confira aqui mais sobre a entrevista


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