Muitos autores de correntes de pensamento de conteúdos personalistas, psicológicos, antropológicos, etc… concluem que, ser pessoa é ter uma missão a cumprir, de modo que a pessoa descobre e abraça uma missão e essa missão contribui para a realização da pessoa. Para quem tem fé, a coisa jamais deve ser entendida simplesmente como destino, ou tendências meramente humanas de condicionamentos educacionais ou culturais. Para quem tem fé, esses mecanismos históricos e antropológicos são recursos da graça de Deus, que podem contribuir para a realização de uma missão pessoal no mundo. Qual é minha missão pessoal aqui neste mundo? Que tipo de santo Deus quer que eu seja? É preciso muita coragem para responder a estas perguntas.
Isso porque somos quase que condicionados, desde crianças, a preenchermos as expectativas dos outros. O nosso sistema educacional, cultural e midiático desde muito cedo reforça essa tendência e nos induz a buscarmos fora o que deve ser procurado dentro de nós, ou o que Deus realmente amorosamente pensou.
São José é um exemplo de ser humano fiel, que convencido pela graça de Deus, deixou-se conduzir na efetivação e cumprimento de sua missão pessoal. Sua missão foi a de ser pai adotivo de Jesus, o Deus feito homem. Protegê-lo, alimentá-lo, educá-lo. Não podemos nos esquecer disso, seria um modo de relativizar a atitude de Deus em se fazer homem. Como se Jesus, no fundo, não precisasse de um pai de verdade.
Jesus era um Deus feito homem, não possuía pecado, mas tudo que diz respeito a condição humana ele precisou receber, tanto quanto qualquer criança. O filho de Deus precisou de carinho, proteção, alimentação, educação, curativos diante de feridas causadas por travessuras e brincadeiras próprias de uma criança sadia.
São José assim, como um pai discreto, porém responsável precisou assumir seu papel. Esse servo de Deus é tão discreto, que os cristãos de origem protestantes praticamente não falam nele. Em nossos ambientes católicos, sua figura passa desapercebida, ou reduzida não evidenciando com profundidade o papel que esse servo de Deus, desempenhou. Termino esse texto com muita esperança de que essas palavras possam ter renovado no coração de muitos homens, casados, solteiros ou celibatários o desejo de amar e servir a Deus como esse gigante. Deus te abençoe sempre, amém.
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Rodrigo Santos