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Testemunhas da Ressurreição: Soldado Romano, um outro Cristo

Neste sétimo episódio confira a história de Darius, que entendeu com a maior prova de amor, perdoar e amar a Cristo.

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Não acredito que fiquei a noite toda vigiando um cemitério! Era o que estava me faltando! Quem teria a ideia de abrir aquele túmulo? Ainda mais com uma pedra daquele tamanho na frente! Mas tive que obedecer, senão, ia ser preso. Que cheiro era aquele? Parecia lírio. Mas não tinha visto lírios por lá. Será que alguém tinha vindo deixar flores no sepulcro e não vi? Quando dei a volta no sepulcro, me deparei com os benditos lírios! Que coisa estranha! Só pode ter sido no turno do Savius, não no meu. Ninguém passou por lá naquela noite, tenho certeza. De qualquer modo, fui fazer uma ronda, só por desencargo de consciência.  

Episódio 1 | Maria, a primeira testemunha da ressurreição

Episódio 2| Tomé, a fé que vê e crê

Ah, como queria estar no quartel naquela noite, dormindo! Aqueles judeus passaram dos limites. Pra quê foram se meter com aquele taumaturgo de Nazaré? Se não tivessem crucificado o homem, eu não precisaria estar naquele frio… Só conseguia pensar no que Ele teria feito para merecer a cruz. Foi horrível. Nem gosto de lembrar. A multidão acompanhando o julgamento, os açoites, as cusparadas, as quedas, a crucifixão… tive que dar as duas últimas chicotadas nele. O Rufius não aguentou o esforço, foram muitas. O Nazareno era duro na queda. Nunca gostei muito dessa parte do trabalho, mas fazer o quê? Se desobedecesse, seria eu, não ele na flagelação. Melhor que sejam outros do que eu, com certeza! O pior foi na hora dos cravos. O da mão direita chegou a dar agonia. Como ele pôde suportar aquilo tudo? Dizem que era inocente, mas será que existem inocentes neste mundo? Duvido! A começar por mim, quanto já aprontei nesta vida!     

De repente, apareceram as mulheres. Mas o que estariam fazendo lá em uma hora daquelas? Eram aquelas mesmas que estavam no Gólgota… Ei, vocês, fora daqui! Não me façam ir até aí… Quase imediatamente, começou um terremoto. Que tremor é esse? Savius, Rufius acordem! A pedra está se mexendo! O que é isso, Darius, o que está acontecendo? Não sei… é… um anjo? Vamos fugir! Esperem, seus covardes! Não podemos deixar o nosso posto! Eu… 

Salve, Darius! Como você sabe meu nome? Quem és tu? Eu sou Jesus. Mas que truque é esse? Tu estás morto! Não há truque algum. Eu estive morto, mas voltei à vida. Os teus amigos desmaiaram? Sim, um bando de frouxos! Mas, como? Como voltou a viver? Eu vi a hora que morreste. Aconteceu um tremor de terra, igual ao que teve agora. Eu vi, saíram sangue e água do teu coração. Sim, mas eu voltei. Meu Pai me enviou à humanidade para resgatar os perdidos, fez-me descer à mansão dos mortos, trouxe-me de volta à vida para libertar os cativos, desatar os jugos, dar vista aos cegos e redimir as culpas. Então, voltarei ao meu Pai, mas antes de ir, preciso dizer: rezei por ti enquanto era crucificado. Eu disse: “Pai, perdoa-o, ele não sabe o que faz”. Não compreendo. Eu ajudei a te matarem, escolhi a minha vida e não a tua, e agora me diz que me perdoou por tudo isso? Sim, eu te perdoo. Na verdade, eu te agradeço, pois me deste a oportunidade de morrer por ti, de escolher a tua vida pela minha. Nunca existirá outra prova de amor tão grande. Eu… Mestre, perdoe-me! Sim, verdadeiramente eras inocente… e morreste não por outra causa, mas por amor a mim! Está perdoado, já disse! Mas, e agora, o que eu faço? Vai e anuncia que estou vivo e que perdoo toda a culpa e trago a salvação, para ti, para a tua família e para todos os que acreditarem nessas palavras.

Episódio 3 | Madalena, no teu caminho, o que havia?

Episódio 4| João, a testemunha mais jovem

Meses depois, eis-me aqui, pagão convertido, perseguido como o Mestre, aprisionado, flagelado, estendendo os braços para tornar-me outro Cristo, para que o anúncio não se perca. Darius, tens alguma coisa a dizer antes de ser crucificado? Sim. Eu te perdoo, Rufius. Também te perdoo, Savius. Pelas chicotadas e pelo que vão fazer daqui por diante. Não compreendo… Vamos ajudar a te matar. Escolhemos a nossa vida e não a tua e agora nos diz que nos perdoa por tudo isso? Na verdade, eu os perdoo e até agradeço, pois estão me dando a oportunidade de cumprir a missão que o Mestre me deixou. Todo bom soldado precisa cumprir a sua missão, por isso não posso agir de modo diferente, melhor que seja a minha vida do que a vossa, com certeza! Além do mais, não estou sozinho. Já sinto o cheiro dos lírios. Lírios? Não entendo, sinceramente. Acho que enlouqueceste. Pode até ser, Savius. É loucura aos olhos dos homens, mas preciso dessa cruz para ser, eu também, testemunha da Ressurreição.   

Episódio 5| Pedro, um testemunho provado pelo fogo

Episódio 6| Emaús, ao partir do Pão


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