Acordei hoje com algo dentro de mim que me levou a, antes de pegar o celular, pensar um pouco sobre este novo dia. Percebi através do clima e do silêncio, que esta semana está muito diferente. Não é por causa da quarentena e nem da chuva que está caindo. É algo muito bom!
Na minha mente passou várias ideias de programações para viver este dia. Bastava eu olhar as notificações do meu celular, que já veria muitos convites bons, porém resolvi fazer algo novo hoje. Já sei! Uma caça ao tesouro! Espera! Não é aquela que você talvez esteja pensando. Será uma caça ao tesouro escondido pela correria do dia-dia, pois eu sabia que ela havia escondido um grande tesouro.
As primeiras pistas descobertas
Levantei da cama, arrumei o quarto e parti para a primeira pista: a minha bíblia. Há tempos não a pegava, afinal preferia ver no celular mesmo. Quando abri, vi que tinha uns cartões com algumas passagens marcantes e especiais, procurei elas e as li. Me senti tão bem, em paz! Passei duas horas ali e nem vi o tempo passando.
Chegou a vez de ir procurar a segunda pista, senti que iria encontrar na sala. E quem estava lá? Meus irmãos. Lanchamos juntos e conversamos enquanto brincávamos um pouco até que tive a ideia de explicar a minha caça ao tesouro e eles falaram que a mamãe estava fazendo um almoço especial, entendi logo que seria a próxima pista.
Um almoço e uma descoberta
Chegada a hora do almoço e achamos a pista: o almoço em família. Meu Deus! Que momento único. No almoço, eu estava falando aos meus irmãos da importância de comermos juntos, quando eu lembrei da Santa Ceia, descobrindo então porque a semana estava diferenciada, era a Semana Santa. Agradecemos nossos pais por aquele momento agradável. A próxima pista veio logo quando nos levantamos da mesa. Meus irmãos me convidaram para o quarto deles e contar-lhes algumas histórias bíblicas até adormecerem.
A leitura era outra pista, mas ler para meus irmãos não foi suficiente, então fui para meu quarto e comecei a ler um livro muito emocionante chamado “Teshuvá“, como gosto deste livro! Ele tem o poder de me levar para dentro de mim e ver a minha história ali dentre aquelas entrelinhas. Lisa, a personagem da história, me deu a outra pista quando no livro falou que a avó dela iria para a igreja naquele dia e que chamou ela.
A amizade como pista
Olhei o relógio e já estava se aproximando 18h, hora de se preparar para a Santa Missa, que teríamos que participar pela televisão na Live SH. O Padre dizia na homilia que Jesus foi ver os seus amigos antes de ir à Jerusalém para nos salvar.
Ao terminar a missa, lembrei de uma amiga que há mais de 7 anos não tivemos mais contato, peguei meu celular e mandei algumas mensagens no WhatsApp e depois que ela respondeu saudosa, fizemos uma chamada de vídeo, onde pudemos conversar sobre aquele tempo bom e como hoje estamos vivendo depois de todo este tempo distantes, na esperança de nos vermos um dia.
O tesouro encontrado
Enfim, o tesouro encontrei quando eu percebi que as pistas formavam um grande quebra-cabeça, onde atrás de cada pista estava Deus nas simples e extraordinárias coisas da vida. Aprendi que não posso mais esconder este tesouro, mas procurar ver Deus a me fazer feliz todo tempo. E quando tudo voltar ao normal, eu irei continuar procurando Deus em cada aula ou cada atividade que eu realizar. Por mais que a rotina queira impedir, eu serei guardião destes momentos vitais e salvíficos.
Por Matheus Araújo