Belém do Pará recebeu recentemente Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, para um encontro especial com membros da Comunidade e da Obra. Durante sua visita, ele trouxe uma mensagem de incentivo e reflexão sobre o Jubileu da Esperança, um tempo de graça e renovação espiritual celebrado a cada 25 anos pela Igreja.
Moysés destacou que o jubileu é uma experiência a ser vivida e uma graça a ser alcançada. Segundo ele, “a Igreja abre as comportas da misericórdia divina, permitindo que os fiéis vivam profundamente essa experiência por meio de peregrinações, orações específicas e visitas as igrejas jubilares em cada diocese, passando pela Porta Santa”.
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Peregrinos da Esperança
Um dos aspectos centrais abordados por Moysés foi o chamado para que os cristãos se tornem “peregrinos de e da esperança”, tema do Jubileu. Ele reforçou que a esperança é uma virtude essencial para a caminhada de fé, pois “nos faz levantar e recomeçar sempre”, confiando em Deus para realizar aquilo que não conseguimos por nossas próprias forças.
Inspirado pelo poeta Charles Péguy, Moysés Azevedo explicou que a esperança é a virtude que renova os propósitos e impulsiona a santidade. “Quando apoiados na graça de Deus, sabemos que há um futuro para nós e um caminho de santidade a ser trilhado”, afirmou. Citando a frase “Entretanto é essa meninazinha que atravessará os mundos”, do poema “A Esperança” de Charles ele reforça que necessitamos dessa virtude para alcançar a santidade, sermos homens e mulheres celestiais.
CONFIRA | Poema “A Esperança” de Charles Péguy
A esperança foi também comparada a uma âncora que nos mantém firmes, mesmo diante dos desafios da vida. “Podemos estar ancorados no céu e na graça, trazendo essa realidade para nossa vida e história”, explicou Moysés.
Uma Esperança que não engana
Moysés destacou ainda que a esperança cristã não é baseada em coisas passageiras, mas naquele que venceu a morte. “Nossa esperança não é humana nem mundana. Quando colocamos nossa esperança no que passa, ela também passa. Mas, quando colocamos em Deus, ela permanece”.
Por fim, o fundador da Comunidade Shalom enfatizou a importância de transbordar a graça recebida, vivendo o jubileu em favor dos outros. “O jubileu não é apenas para ser vivido individualmente, mas também compartilhado por meio da misericórdia para com aqueles que estão ao nosso redor”, concluiu.
O encontro em Belém foi marcado por um profundo clima de oração e reflexão, inspirando a todos a vivenciarem intensamente esse tempo jubilar e a renovarem sua esperança em Cristo.