Sabe aquela jovem que cresce assistindo filmes da Disney e comédias românticas? Essa sou eu. Eu alimentava em meu coração o desejo de viver um grande amor, como nos filmes que assisti. Procurava nos homens a minha felicidade, mas não encontrava.
Após sair ferida do meu primeiro namoro, fui convidada para o Renascer (evento de carnaval do Shalom), e lá tive minha primeira experiência com o amor de Deus. Deus me apresentou Seu filho Jesus como Aquele que não me usaria, não me frustraria, que não iria me ferir nem decepcionar. Ali, aos 19 anos, me apaixonei por Jesus.
Fuga ou chamado?
Decidi segui-Lo e viver cada vez mais nesse Amor, que era tão novo e tão real, que me atraía de uma forma a qual nunca tinha sido atraída. Porém, me fechei a relacionamentos e pensava no celibato como fuga pelo medo de me relacionar novamente. Até que no CJS de Salvador nosso fundador, Moysés Azevedo, disse:
“O celibato não é para os covardes, não é para quem quer fugir”.
Essa frase me fez colocar os pés no chão e deixar Deus ser Deus na minha vida e na minha vocação. Vivi o vocacional, ingressei na Comunidade como Comunidade de Aliança e Deus permitiu que eu vivesse mais um namoro, dessa vez em Deus, e nesse relacionamento Deus realizou muitas curas em meu coração.
Após o término, me senti por um tempo paralisada, perdida, sem saber o que Deus queria de mim no meu estado de vida. Veio a pandemia e meus questionamentos se tornaram mais intensos. Se meu estado de vida faz parte da minha identidade, então eu queria ser inteira, e na minha juventude abraçar a Sua vontade, mesmo em meio aos medos e às feridas que ainda estavam cicatrizando.
Viver um amor real
O Espírito Santo me deu uma luz em uma formação sobre estado de vida. O pregador falava:
“Você já deu algum passo ou só fica esperando Deus fazer tudo sozinho? Será mesmo que Deus não te deu nenhuma resposta ou é porque você não ouviu exatamente o que queria?”.
Enxerguei que só tinha buscado pelo matrimônio, e que para o celibato não tinha aberto meu coração ainda, e, fazendo uma leitura da minha história, eu enxergava mais traços do celibato do que do matrimônio. Era hora de fazer o retiro para candidatos ao celibato. Deus inspirou a fazer o primeiro que tivesse quando as coisas voltassem a ser presenciais de novo.
Março de 2022 vivi o retiro e me identificava a cada pregação. Eu ainda tinha medo de estar ali por fuga, mas na oração comunitária, Jesus respondeu: “Fui Eu quem te trouxe, não é fuga, Eu te chamei”. Meu coração se encheu de paz e pela primeira vez me vi livre e segura para corresponder ao meu estado de vida.
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Trilhei o caminho do discernimento, cada mês um retiro pessoal, todo guiado, com alguns livros também para ajudar na identificação e conhecer mais esse estado de vida. Em um desses retiros, Deus disse:
“Não quero que você viva um amor de fantasia, mas o amor real, que é o meu Amor”.
Percebi que o desejo pelo matrimônio era pautado em fantasias, e não na realidade, e que a grande história de amor que meu coração desejava viver era ao lado Dele, sem mediação. Jesus foi me conquistando, me dando a graça de corresponder com alegria e liberdade a esse estado de vida.
Felicidade plena
Os sinais, em toda a minha história, foram ficando cada vez mais claros à medida que ia rezando. A hora tão sonhada de me dar a um grande amor tinha chegado! Mal podia esperar para completar a frase que Moysés Azevedo já repetiu tanto ao se apresentar: “Eu sou o Moysés, filho de Deus, Shalom, Com. de Vida e Celibatário pelo Reino dos Céus”. Agora, eu também posso me apresentar de forma completa: “Eu sou a Cintia, filha de Deus, Shalom, Com. de Aliança e Celibatária pelo Reino dos Céus”.
Deus me deu tudo, e na Sua vontade encontrei minha realização de vida. A melhor vocação é a qual você é chamado. Nenhuma é melhor que a outra. Seremos felizes plenamente naquilo que o Senhor escolher para nós.
Viver minhas próprias escolhas não me fez feliz, mas hoje, vivendo o que Deus me chama, posso afirmar: sou a mulher mais feliz do mundo!
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