A academia de Deus é a vida e é na vida concreta que são forjados os santos. Quando leio a trajetória de vida desses servos de Deus e vejo os ambientes políticos e culturais onde expressaram sua fé e amor ao Evangelho, me convenço ainda mais disso.
As testemunhas de Jesus Cristo que iremos recordar hoje atestaram seu amor e pertença a Deus com o próprio sangue, tornando-se parte, desse modo, do incontável número de fiéis que ofertaram suas vidas por meio do martírio, que é o maior testemunho de fé que um cristão pode dar. Foram assassinados no dia 21 de dezembro de 1839, vítimas do cruel regime que dizimou a vida de muitos seres humanos no Vietnã.
Santo André Dung-Lạc foi uma das principais vítimas desse massacre. André foi um cristão vietnamita de origem humilde, mas que logo se encantou com o caminho do sacerdócio, sendo ordenado no dia 15 de março de 1823. Sua prisão ocorreu durante as perseguições comandadas por Minh Mang, cruel imperador da época. André Dung-lac foi torturado e decapitado, ficando, assim, conhecido como um dos “Mártires do Vietnã”, entre os anos de 1830 e 1870. Infelizmente, ainda hoje a fé cristã sofre represálias em regiões adeptas a ideologias e regimes totalitários.
O período de perseguição dos tempos de Santo André Dung-Lac gerou cerca de 117 santos para a Igreja, que eram das mais diversas classes sociais, idade e profissões, indicando que o testemunho fiel e a santidade é um chamado que deve ser atendido por todos os cristãos.
Que Deus acolha a oferta generosa desses servos fiéis e torne fecundo o derramamento do sangue deles. Que um dos frutos seja uma nova explosão de evangelização nas regiões do mundo que, ainda hoje, resistem a Jesus, o Shalom do Pai entre nós.
Santo André Dung-lac e Companheiros mártires, rogai por nós.
