No segundo dia do Retiro de Transbordamento da Escuta 2025, Moysés Azevedo trouxe à Comunidade Católica Shalom uma urgência: a esperança de sermos santos. Ele explicou que é a vida de louvor que gera esse fruto, principalmente nas dificuldades e fraquezas. O céu sempre vem ao nosso encontro para reparar brechas.
O moderador geral explicou que o Senhor concede ao carisma Shalom uma graça de louvor. O fundador apresentou uma imagem revelada no Retiro de Escuta do Conselho Geral de 2025: em meio aos louvores da Comunidade, céu e terra se uniam em uma só coisa, em um só canto, se ia experimentando não só da união com o Senhor, mas da comunhão dos santos.
“Nós louvamos a Deus não sozinhos, nós louvamos a Deus com os nossos irmãos do céu”, afirmou Moysés, e reforçou a necessidade de se ampliar a percepção sobre a comunhão dos santos, aquilo que a Igreja Católica nos ensina a viver na fé. O santos rezam conosco e evangelizam junto à Comunidade. Por isso, Deus nos concede a graça de ter uma intimidade crescente com o céu.
O céu é lindo
Em seguida, Moysés trouxe uma palavra de sabedoria também revelada no Retiro fechado. “Depois da Ressurreição de Cristo, a passagem entre o céu e a terra se tornou uma linha tênue“. Em um tom saudoso e bem-humorado, Ele contou a história de vida de sua mãe. Dona Nair Azevedo tinha uma vida muito ativa e, aos 95 anos, não queria morrer, por acreditar que não se fazia nada no céu. Moysés relatou que, em certo dia, sua mãe teve uma profunda experiência de céu e passou a desejá-lo de todo coração. Nesta época, Dona Nair disse “o céu é lindo” e, pouco tempo depois, ela foi para junto do Pai.
Shalom do Céu
O fundador da Comunidade também relembrou a páscoa de muitos irmãos da Comunidade Católica Shalom, citando a vida de Ronaldo Pereira, primeiro missionário da comunidade de vida a ir para a eternidade. “Os nossos irmãos fazem parte da fundação da Comunidade no céu“, relembrou Moysés, parafraseando uma fala de Pe. Zezinho. E completou: “Esses irmãos são a nossa comunidade no céu. Quando louvamos, eles louvam conosco. Quando adoramos, eles adoram conosco. Eles intercedem por nós e trabalham arduamente conosco“.
Com os missionários atentos, voltados para a profundidade de suas palavras, Moysés ainda traçou um paralelo entre as missões espalhadas pelo mundo e o céu. Ele explicou que podemos enxergar a eternidade como o “Shalom do Céu”. Ao se deparar com a morte, o Shalom sai de sua missão de origem e vai para junto do Pai, onde todos louvam e reconhecem a Sua glória. No céu, continuamos a ser Shalom!
Ser um pedaço do céu
Moysés abriu os olhos dos missionários para a vida ordinária em busca pela santidade. Ele alertou que a vida de louvor faz o coração estar ancorado no céu, naquilo que não passa. Este profundo louvor, o louvor abundante, gera frutos de eternidade: a libertação da amizade com o pecado, o desejo de santidade, a adesão alegre e radical ao carisma Shalom, perder o medo de perder a vida, a esperança de sermos santos.
Por fim, Moysés relembrou que o perfume da santidade é para todos e que, no carisma Shalom, somos chamados a viver nesta terra como um pedaço do céu. Estar no mundo sem ser do mundo, ser fonte de esperança para a humanidade, anunciar o Cristo Ressuscitado, reparar brechas de pecado por onde passarmos e ser a porta do céu. Com Maria, aprendamos a ser Porta do Céu na Terra.
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