Nenhum espaço físico ou existencial, sozinho, poderia abarcar e conter a Deus. Ele está em todos os lugares e só podemos louvá-lo e O adorar em espírito e em verdade. (Cf. Jo 4,24). Porém, nós, seres humanos, seus filhos, ainda estamos neste mundo. Somos ainda muito influenciados pelo que vemos, sentimos e ouvimos.
Podemos concluir, então, que o clima estrutural e estético de um espaço, pode cooperar, mais ou menos, com a experiência de fé, dependendo de como é organizado. Daí, então, a importância que a Igreja dá aos espaços físicos de culto a Deus, desde uma grande catedral a uma simples e pequena simbólica.
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Nas regiões onde, ao longo da história, a Igreja conquistou liberdade de culto, a construção de capelas e Igrejas tornou-se tradição.
Veja o que diz o Catecismo:
“Quando o exercício da liberdade religiosa não é impedido, os cristãos constroem edifícios destinados ao culto divino. Estas igrejas visíveis não são simples lugares de reunião, mas significam e manifestam a Igreja que vive nesse lugar, morada de Deus com os homens reconciliados e unidos em Cristo.”(CIC 1180)
O Catecismo ainda fornece dicas significativas que podem sem dúvida orientar aqueles que empreendem esforços de edificação desses lugares santos.
«A casa de oração em que é celebrada e conservada a santíssima Eucaristia, em que os fiéis se reúnem, e na qual a presença do Filho de Deus, nosso Salvador, oferecido por nós no altar do sacrifício, é venerada para auxílio e consolação dos fiéis, deve ser bela e apta para a oração e para as celebrações sagradas» (63). Nesta «casa de Deus», a verdade e a harmonia dos sinais que a constituem devem manifestar Cristo presente e atuante neste lugar (CIC 1181).
Jesus e sua obra redentora, ressignifica e eleva à plenitude o sentido dos símbolos e objetos. Alguns deles, como a cruz, por exemplo, bem conhecidos tanto por judeus, como por pagãos.
O Catecismo elenca só alguns mais populares entre os fiéis: “O altar e a cruz.”(Cf. CIC 1182). Tabernáculo (Sacrário). (Cf. CIC 1183) O Santo Crisma, Cátedra, ambão. (Cf. CIC 1184).
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Por fim, a própria porta de entrada da Igreja reproduz um profundo significado escatológico. Leia: “Finalmente a igreja tem uma significação escatológica. Para entrar na casa de Deus, é preciso franquear um limiar, símbolo da passagem do mundo ferido pelo pecado para o mundo da vida nova, à qual todos os homens são chamados. A igreja visível simboliza a casa paterna, para a qual o Povo de Deus está a caminho e onde o Pai «enxugará todas as lágrimas dos seus olhos» (Ap 21,4). É também por isso que a igreja é a casa de todos os filhos de Deus, amplamente aberta e acolhedora.” (CIC 1186)
Que essas benditas orientações da Igreja, ajudem-nos a ter uma postura de reverência, fé e amor para com esses espaços, de modo que continuem sempre nos apontando o céu.
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