Em 2024, o Dia Mundial dos Pobres é celebrado em 17 de novembro. Como Comunidade Shalom, foram propostas várias ações com o Shalom Amigo dos Pobres, mas também iniciativas próprias nas Missões Shalom espalhadas pelo mundo inteiro.
Nota-se na vida de vários santos que sofreram com a pobreza, mas nesta vivência, confiaram a Divina Providência suas vidas, sem medo por serem pobres, afinal, estavam dispostos a uma vida envolvida pelos mistérios da graça divina.
Conheça 7 santos que viveram desprendidos de bens e riquezas:
São Francisco de Assis
Ele é, provavelmente, o mais famoso dos santos pobres que deixou tudo para seguir o Senhor. Ele ficou conhecido pela dedicação aos pobres e pelo amor à natureza e aos animais. Nasceu em uma família rica, mas decidiu vender tudo o que tinha para dar aos pobres e viver na pobreza, na humildade e na compaixão.
Em 1210 escreveu a regra dos franciscanos, tendo a pobreza como fundamento da ordem, que se manifestava no modo de vestir, nos utensílios que usavam e nas ações. Apesar de tudo, sempre pareciam feliz.
A pobreza de Francisco é, portanto, uma pobreza voluntária ou, pelo menos, aceita. A pobreza que não é voluntária é um grande sofrimento; ela pode destruir. É por esta razão que é preciso libertar aqueles que de alguma forma são escravos. Francisco sempre coloca os pobres “reais”, isto é, as vítimas da miséria ou da doença, na frente dele. E se ele jejua é, em primeiro lugar, para compartilhar o pão. Entre os discípulos de Francisco, a preocupação com os pobres é constante. A caridade sempre fez parte da vida dos franciscanos, religiosos ou leigos.
São João de Deus
Este santo de origem portuguesa deixou tudo e até fingia estar louco para expiar os seus pecados. Foi levado a um manicômio e sofreu vários espancamentos, pois era assim que tratavam os loucos naquele tempo. Isso lhe permitiu descobrir que para curar os doentes primeiro deveria curar a alma.
Fundou um hospital para os pobres onde trabalhou incansavelmente por dez anos. Morreu em 1550 deixando a Ordem Hospitalar de São João de Deus como um legado.
Santo Inácio de Loyola
O fundador dos Jesuítas ou da Companhia de Jesus era o mais jovem dos filhos de uma rica família espanhola. Quando se reencontrou com o Senhor, decidiu viver a pobreza e a penitência. Ele se vestia como um mendigo e vivia da providência.
Este espírito generoso foi compartilhado pelos primeiros companheiros, como São Francisco Xavier e São Pedro Fabro, entre outros.
Santa Bernadette Soubirous
A vidente de Nossa Senhora de Lourdes na França nasceu em uma família que padecia da mais absoluta pobreza. Às vezes, nem tinham comida.
As dívidas obrigaram os Soubirous a abandonar o engenho onde viviam e procurar uma casa com apenas um quarto, onde se alojava toda a família composta pelos pais e seus quatro filhos.
Para conseguir pão para os filhos, os pais Francisco e Luísa aceitavam todo o trabalho que encontravam.
Santo Domingo Sávio
Ele era o mais velho dos cinco filhos de Ángel Savio, um mecânico muito pobre, e de Brígida, uma mulher que contribuía com a casa fazendo costura para os vizinhos.
Aos 12 anos, Domingos conheceu São João Bosco pela primeira vez e pediu-lhe que o admitisse gratuitamente na escola que o santo tinha para as crianças pobres.
No dia de sua primeira comunhão, escreveu a famosa resolução que diz: “Prefiro morrer a pecar.” Faleceu quando tinha apenas 14 anos. É o padroeiro das grávidas, das pessoas que sofrem falsas acusações, dos jovens delinquentes.
São José Cupertino
O chamado “santo voador”, devido às suas muitas comprovadas levitações, veio ao mundo em um estábulo, dentro de um pobre barracão localizado ao lado de sua casa porque seu pai, um humilde carpinteiro, não tinha podido pagar as taxas que devia pela casa e ela havia sido embargada.
Aos 17 anos pediu para ser admitido na ordem franciscana, mas não foi aceito. Pediu para ser acolhido nos Capuchinhos e foi aceito como irmão leigo, mas depois de oito meses foi expulso porque era extremamente distraído.
José então se refugiou na casa de um parente rico, mas este dizia que o jovem “não era bom para nada” e o jogou na rua. Viu-se então obrigado a voltar à miséria e ao desprezo de sua casa.
A mãe implorou persistentemente a um parente franciscano que recebesse o menino como mensageiro no convento dos frades. Foi aí que começou a busca incansável pela vida de santidade. A vida de São José de Cupertino sempre foi marcada pelos dons extraordinários. Estes manifestavam-se sempre, conforme a vontade de Deus.
Percebia a alma das pessoas e aconselhava sobre aquilo que elas mais precisavam. Através dessas manifestações, Deus curava o coração de muitos que o procuravam. Acabava com desavenças, reconciliava inimigos e levava a misericórdia de Deus. Além disso, tinha o dom da levitação e dos êxtases nos momentos de oração. E isso acontecia quase que constantemente quando celebra a santa missa e quando rezava.
São Diego de Alcalá
Este irmão franciscano, conhecido pelos muitos milagres operados por sua intercessão em vida, nasceu em uma família muito pobre em San Nicolás del Puerto, em Sevilha (Espanha).
Viveu toda a vida na pobreza e com os pobres, servindo-os com uma dedicação especial. Desde muito cedo demonstrou amor pela solidão e, já adolescente, sabendo que um virtuoso sacerdote vivia como eremita nas proximidades, uniu-se a ele para melhor servir a Deus. Rezavam e contemplavam juntos, cuidavam de uma pequena horta que lhes fornecia o alimento, e fabricavam utensílios de madeira que vendiam para poder socorrer os pobres.
Morreu em Alcalá de Henares onde foi porteiro e jardineiro em um convento durante sete anos.
Pobreza evangélica
a pobreza evangélica não é um chamado reservado apenas para uns poucos, como monges ou missionários, mas é para todos os cristãos. É um chamado a imitar Cristo, aquele que se fez pobre, se esvaziou, saindo do seio da Trindade e se fazendo homem como nós.
Esta virtude não pretende ignorar a necessidade do homem de relacionar-se com os bens materiais, mas dá-lhes o devido lugar na vida humana: de meros instrumentos a meios para a nossa santificação e cuidado da criação. A pobreza não consiste em “não ter”, mas em ter sem apegar-se àquilo que se tem, sabendo que, com exceção de Deus, tudo passa.
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