Entre os temas da Fé e da Doutrina da Igreja Católica, um dos mais combatidos por adeptos das ideias protestantes, estão aqueles em torno da devoção a Maria, Mãe de Jesus Cristo.
O Catecismo, assim, dedica algumas linhas com uma breve e profunda síntese em torno do culto à Virgem Santa.
“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48): “A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão”. A Santíssima Virgem “é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. Com efeito, desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venerada sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades (…) Este culto (…) embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo Encanado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente”; este culto encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração mariana, tal como o Santo Rosário, “resumo de todo o Evangelho.”(CIC 971)
A expressão “bem-aventurado” aparece sete vezes no Antigo Testamento e vinte e seis vezes no Novo Testamento. Trata-se de um adjetivo plural grego, makarioi, que significa “felizes”. Essa expressão diz ainda respeito àqueles que dependem de Deus e que estão sob seu domínio, não apenas no presente, mas também no futuro.
Em se tratando da Mãe do Filho de Deus, essa compreensão ganha nuances ainda mais relevantes. Pois, foi ela, depois de Cristo, o principal instrumento de Deus, na obra de redenção. Assim, a doutrina se refere a ela como sendo um ícone escatológico da Igreja. Nela vemos a espera e o cumprimento da promessa. (Cf. CIC 972).
Celebrar com devoção a memória dessa serva fiel é reconhecer que o poderoso, fez nela e em nós, por meio do sim dela, grandes coisas.
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