Igreja

Os santos no holocausto: testemunhos de esperança

A seguir, conheça santos, beatos e mártires que enfrentaram o holocausto e nos ensinam a ser luz em meio a tempos sombrios de crueldade e desamor.

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No dia 27 de janeiro, celebra-se o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. A data faz referência a libertação do campo de concentração e extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, em 1945. Neste local, mais de milhão de pessoas foram vítimas do genocídio liderado pelo regime nazista.

Durante esse período turbulento da história, a Igreja Católica desempenhou um papel fundamental na luta contra as ideologias totalitárias e no auxílio humanitário. Nesse contexto, encontramos exemplos notáveis de fé, coragem e esperança de homens e mulheres que lutaram para além de si mesmos.

A seguir, conheça santos, beatos e mártires que enfrentaram o holocausto e nos ensinam a ser luz em meio a tempos sombrios:

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1 – Beato padre José Kowalski

“Ó minha Mãe – escreveu – eu devo ser santo porque é esse o meu destino”

José Kowalski nasceu em 13 de março de 1911, em Siedliska, um pequeno vilarejo na Polônia. Criado em uma família profundamente católica, foi batizado no dia 19 de março, em homenagem a São José.

“Com pleno conhecimento, com vontade decidida e disposta a todas as consequências, abraço a doce cruz do chamado de Cristo e quero levá-la até o final, até a morte”, disse Padre José, que, em 1927, se uniu à congregação salesiana.

Ele se destacou por seu zelo pastoral, seu trabalho árduo e sua dedicação incondicional em servir aos outros. Em 23 de maio de 1941, foi preso, juntamente com outros onze salesianos, e levado para o campo de concentração de Auschwitz. Mesmo enfrentando o terror da perseguição e da tortura, o sacerdote continuou a realizar sua missão no campo de concentração, organizando momentos de oração.

Na madrugada de 4 de julho de 1942, após ter sido brutalmente torturado, Padre José Kowalski faleceu, vítima de afogamento nos esgotos do campo de concentração. Sua morte foi um martírio silencioso, uma oferta de sua vida por Cristo e pelos outros. Em 13 de junho de 1999, ele foi beatificado.

2 – São Maximiliano Kolbe

“O ódio não é uma força criativa: é-o somente o amor”.

Provavelmente, o mais conhecido entre os santos que viveram a Segunda Guerra Mundial. São Maximiliano Maria Kolbe nasceu no dia 8 de janeiro de 1984, na Polônia. Ele trabalhou incansavelmente para propagar a devoção mariana e a conversão das almas em meio as dificuldades da guerra.

Em 1941, foi preso pelas autoridades nazistas e enviado ao campo de concentração de Auschwitz. Certo dia, após a fuga de um dos prisioneiros, os alemãs escolheram dez pessoas, condenadas a morrer de fome, entre elas, o sargento, também polonês, Franciszek Gajowniczek, que exclamou: “Meu Deus, tenho esposa e filhos!”

Ao ouvir isso, movido de caridade e compaixão, o padre Maximiliano se ofereceu para trocar de lugar com o sargento e foi levado a uma prisão subterrânea para morrer por inanição — privado de alimentos e água. Chegando lá, incentivou os demais prisioneiros a colocarem-se em oração e assim fizeram.

Do grupo de dez homens, apenas São Maximiliano sobreviveu, suportando uma agonia física extrema. Sua morte ocorreu em 14 de agosto de 1941 ao receber uma injeção letal.

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3 – Santa Teresa Benedita da Cruz – Edith Stein

“A essência mais íntima do amor é a doação”

Santa Teresa Benedita da Cruz, também conhecida como Edith Stein, foi uma mulher de fé inabalável e coragem exemplar. Nascida em uma família judia, ela passou por um profundo processo de conversão ao catolicismo, tornando-se carmelita e dedicando-se à busca do conhecimento e da verdade.

Na Segunda Guerra, sofreu a perseguição e a discriminação por sua origem judia e sua identidade católica. Em 1942, ela e sua irmã Rosa, também carmelita, foram capturadas pelas forças nazistas e deportadas para o campo de concentração de Auschwitz.

No campo, Santa Teresa Benedita da Cruz permaneceu firme em sua fé. Ofereceu-se em sacrifício pela libertação de seu povo e pela conversão da Alemanha. Em 9 de agosto de 1942, ela encontrou o “martírio” nas câmaras de gás.

Canonizada em 1998 pelo Papa São João Paulo II, foi proclamada “mártir do amor” e, em 1999, recebeu o título de c0-padroeira da Europa, simbolizando seu legado de fé, resistência e compaixão.

Esses homens e mulheres continuam a ser uma luz para aqueles que enfrentam perseguições e dificuldades, convidando-nos a viver com coragem e confiança em Deus.

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