O Papa Francisco deu continuidade a catequese iniciada na semana passada em que denunciou diversos males sofridos na infância. De modo especial, o Pontífice destacou o sofrimento gerado pela exploração e trabalho infantil e pediu que não desviemos o olhar das crianças que sofrem perto de nós. “Alguém dirá que, como indivíduos, não podemos fazer muito. É verdade, mas cada um pode ser uma gota que, com muitas outras gotas, pode tornar-se um mar”, disse.
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Francisco pediu que os cristãos façam uso consciente dos artigos que consomem e explicou que esta é a forma concreta de não ser cúmplice da exploração infantil.
“Podemos perguntar-nos: e eu, o que posso fazer? Em primeiro lugar, deveríamos reconhecer que, se quisermos erradicar o trabalho infantil, não podemos ser cúmplices dele. E quando o somos? Por exemplo, quando compramos produtos que empregam o trabalho infantil. Como posso comer e vestir-me, sabendo que por detrás daquela comida ou daquela roupa há crianças exploradas, que trabalham em vez de frequentar a escola? Ter consciência do que compramos é um primeiro ato para não sermos cúmplice”
Solidariedade concreta
Ao longo da catequese desta quarta-feira, 15 de janeiro, o Santo Padre revelou o flagelo sofrido por crianças do mundo inteiro. “É preciso despertar a nossa consciência, praticar a proximidade e a solidariedade concreta para com as crianças e os jovens vítimas de abusos e, ao mesmo tempo, construir confiança e sinergias entre aqueles que se comprometem em oferecer-lhes oportunidades e lugares seguros para crescer serenamente”.
O Pontífice também fez um apelo às instituições, Estados e jornalistas a trabalharem com empenho em defesa dos direitos das crianças. E lembrou: “Recordemos sempre as palavras de Jesus: «Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes» (Mt 25, 40)”.
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