Precisamos nadar contra a correnteza do mundo! É esse o imperativo de Deus para Comunidade Católica Shalom em relação à obediência. Nesse sentido, a sabedoria é e sempre será dar a Deus o que é de Deus: nossa vida, nossos corações, nossos bens, tudo que temos e somos. E esse nadar contra as fortes ondas da mundanidade é sempre comunitário. Deus nos chama a avançar juntos, a caminhar juntos!
O Senhor quer renovar a força da obediência
Santa Teresa de Jesus gosta de dizer que a força da obediência costuma facilitar aquilo que parece impossível. Nesse tempo, Deus deseja renovar em toda a Comunidade essa grande graça e potência que é a vivência da obediência. “A obediência é o que nos liga a Ele e o que nos liga uns aos outros, e o que nos dá força para optar, mesmo quando não compreendemos, pelo bem e contra a correnteza do mundo” (Revista Escuta, 2019, p. 90).
O dom da obediência nos leva a avançar na fé, na Vocação, no amor a Deus. Quantos testemunhos temos para dar em relação à vivência da obediência! É por ela que muitas vezes somos salvos de nós mesmos, dos nossos pecados, das investidas do inimigo. É certo que nossa carne range diante de orientações que nos tiram de nós mesmos. Mas, lutando contra nós e contra as nossas concupiscência, temos a certeza de que estamos no caminho certo para fazer a cada a vontade de Deus.
A humildade de obedecer
“A vontade de Deus é uma coisa muito presente nos nossos lábios, mas devemos tê-la, ainda mais profundamente, enraizada no coração” (Escuta, 2019, p. 91). Se desejamos conhecer a vontade de Deus, nós nos colocamos em oração, de forma pessoal e de forma comunitária, por meio das nossas autoridades. “A escuta de Deus na oração e a escuta da autoridade são indispensáveis para renovar em nós a humildade de obedecer” (Escuta 2019, p. 91).
Enquanto um bom e maduro discernimento é sinal da humildade que trazemos em nosso coração diante da Santa Vontade de Deus, os caminhos que “criamos” para driblar aquilo que somos chamados a viver expressam o nosso orgulho. “É o orgulho que me impede de ser dócil e humildade o suficiente para obedecer” (Escuta, 2019, p. 91). Quando somos humildades, nós nos deixamos conduzir por Deus através das nossas autoridades, homens e mulheres que Ele mesmo escolheu para nos ajudar nesse caminho de e para a felicidade.
Maduro na vida espiritual
A maduridade na vida espiritual contribui diretamente na vivência da obediência. Não é pesado obedecer para aqueles que, unidos a Deus, percebem o caminho em que estão inseridos e que, com tranquilidade e serenidade, vão dando passos, ajudados pelos irmãos. Quando são chamados a viver a autoridade espiritual sobre almas, esses irmãos maduros na vida de oração também não temem corrigir, orientar e ensinar seus filhos. Fazem isso sem recorrer ao autoritarismo, mas com a unção própria que Deus os dá.
O desejo sincero que nos une
“Neste chamado à obediência, vamos entendendo que o que nos une uns aos outros não são, simplesmente, as mãos, nem a nossa boa vontade, mas o desejo sincero do coração de fazer a vontade de Deus” (Estudo, 2019, p. 93). É esse mesmo desejo que nos leva a optar pelo Evangelho e a rejeitar as mentalidades mundanas que tantas vezes se levantam contra nós, contra a nossa vivência da Vocação. Por esse motivo, a obediência é um valioso instrumento para navegarmos em alto mar.