Benigna Cardoso da Silva nasceu dia 15 de outubro de 1928, em Santana do Cariri (aproximadamente 300 km de Fortaleza- CE). É considerada “heroína da castidade”, devido ao martírio que viveu aos 13 anos.
O testemunho de fé envolveu uma decisão muito corajosa ao encarar golpes de facões para não ter o corpo maculado. Um certo dia, o rapaz que tinha um grande interesse pela jovem, tentou se aproximar-se dela, a pediu em namoro e, após rejeição, começou a persegui-la, até que em 24 de outubro de 1941, tentou surpreendê-la e abusá-la sexualmente, mas não conseguindo, atacou-a com um facão. Por dizer “não” com tal veemência, Benigna teve o corpo esfaqueado até a morte.
“A menina morreu por uma causa, ela deu a vida por uma causa explicitamente comprovada. Ela preferiu morrer para não pecar, por isso ela é a ‘heroína da castidade’. Assim se torna um exemplo de virtude cristã para todos aqueles que querem ser discípulos do Senhor”, comentou dom Gilberto Pastana, que era bispo da diocese de Crato e auxiliava no processo da propagação da devoção de Benigna.
Em janeiro de 2013, a Igreja Católica reconheceu esse gesto, concedendo à jovem o título de “Serva de Deus”. O postulador da causa foi Monsenhor Vitaliano Mattioli, formador no Seminário São José, falecido em dezembro do ano seguinte, incentivado por Dom Fernando Panico, hoje bispo emérito da Diocese de Crato. Benigna é a quarta brasileira com o título de beata, depois de Nhá Chica, Padre Victor e Dom Othon Motta.
Beatificação de Benigna
Ao bispo diocesano, segundo as normas da constituição apostólica Divinus Perfectionis Magister, promulgada pelo Papa João Paulo II em 1983, compete o direito de continuar investigando sobre a vida da Serva de Deus e os possíveis milagres para prosseguir com o processo de canonização. “Vamos primeiro celebrar a beatificação e depois começar o processo de canonização. Temos que percorrer todo um caminho que é um pouco diverso do caminho da beatificação”, disse Dom Gilberto.