O trabalho é um caminho de santificação, disse o Papa Francisco em uma de suas recentes catequeses sobre São José. Neste mês em que celebramos São José Operário e o dia do trabalhador, preparamos esta reflexão sobre a importância de viver o trabalho com um sentido sobrenatural e aprender a fazer dele um ato de amor a Deus.
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Antes de ser nomeado Papa, o Cardeal Albino Luciani, escreveu em uma revista italiana: “É lá, bem no meio da rua, no escritório, na fábrica, que nos fazemos santos, desde que cumpramos o nosso dever com competência, por amor de Deus e alegremente, de forma que o trabalho cotidiano não se torne o ‘trágico cotidiano’, mas antes o ‘sorriso cotidiano’”.
Também seu sucessor, São João Paulo II, chamou a atenção para a dignidade do trabalho e o valor que ele tem em nosso caminho de santidade. “As atividades diárias apresentam-se como um precioso meio de união com Cristo, podendo converter-se em matéria de santificação, terreno de exercício das virtudes, diálogo de amor que se realiza nas obras. O espírito de oração transforma o trabalho e assim torna-se possível estar em contemplação de Deus ainda que permanecendo nas ocupações mais variadas”.
Ser luz no mundo através do trabalho
Jesus disse no Evangelho: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16). O apelo do Filho de Deus pode encontrar no trabalho uma excelente ocasião para ser cumprido. Também lá podemos evangelizar e transbordar o que experimentamos na oração.
O trabalho é um lugar para traduzir em atos o que experimentamos na intimidade com Cristo: mantendo o sorriso e o bom humor mesmo diante das contrariedades; sabendo ajudar os colegas e sendo generosos em nossas atividades cotidianas; não dando ouvidos a fofocas e maledicências; sabendo dar bons conselhos, entre outros.
Chamados a sermos contemplativos na ação
O nosso chamado a Contemplação exige que nos exercitemos a viver a coerência entre fé e vida. “As pessoas precisam ver que a minha vida resplandece a luz de Cristo. Nós buscamos dar frutos no Espírito. É um processo de luta diária, é um caminho de santidade”, explica Andreia Gripp, consagrada da Comunidade de Aliança na missão do Rio de Janeiro.
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