A Penitência, também chamada de Reconciliação, é um dos sete sacramentos instituídos por Cristo. É pela Confissão que o penitente se reconcilia com a Igreja e com Deus. O catecismo da Igreja Católica (CIC) explica que o fundamento deste sacramento é dar uma nova possibilidade de graça àqueles que pecaram.
“Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja. Antes de tudo, para aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. O sacramento da Penitência oferece a eles uma nova possibilidade de converter-se e recobrar a graça da justificação”. (CIC 1446)
Mas como fazer uma boa confissão e reestabelecer o estado de graça dado por Deus no batismo?
Passos para uma boa confissão
Existem cinco passos que nos auxiliam a fazer uma confissão sincera e verdadeira: exame de consciência, arrependimento sincero, declaração dos pecados, absolvição e penitência.
O primeiro passo é colocar-se em oração, buscando lembrar de todos os seus pecados, principalmente os graves. Se necessário, pode ser feita uma lista com todos eles, para que nenhum seja esquecido.
O arrependimento, que é o segundo passo, consiste na dor verdadeira e sincera por ter ofendido a Deus, ou seja, a verdadeira contrição. Sem o arrependimento, a confissão não é válida. O catecismo, no artigo 1451, destaca que entre os atos do penitente, a contrição vem em primeiro lugar e define-se por “uma dor na alma e a detestação do pecado cometido, com a resolução de não mais pecar no futuro”.
Em seguida, deve-se declarar os pecados aos sacerdote na confissão. Os pecados que por esquecimento não forem ditos, também são perdoados, mas recomenda-se que sejam declarados em uma próxima confissão.
Após dizer todos os pecados, é feito o ato de contrição e em seguida, o sacerdote dá absolvição, possibilitando que o fiel retorne ao estado de graça.
O último passo da confissão é a penitência, em que o fiel deverá cumprir a orientação do sacerdote para compensar os pecados cometidos e as consequências deixadas por ele.
Graças da Confissão
A reconciliação com Deus possibilita ao penitente várias outras reconciliações, como a reconciliação consigo mesmo, com os irmãos, com a Igreja e com toda a criação. Além de antecipar, de certa forma, o julgamento ao qual seremos submetidos ao fim da vida.
“É agora, nesta vida, que nos é oferecida, portanto, a escolha entre a vida e a morte. Só pelo caminho da conversão poderemos entrar no reino do qual somos excluídos pelo pecado grave. Convertendo-se a Cristo pela penitência e pela fé, o pecador passa da morte para a vida e não vão a julgamento” (CIC 1470).
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