Deus alivia a quem ele plenamente satisfaz! A vida do homem é uma labuta enquanto estiver nesta passagem terrena, somente a vida plena em Deus pode preencher. Falsas tristezas e verdadeiras alegrias pelejam contra o homem. Em sua condição temporal, na adversidade deseja a prosperidade e na prosperidade teme pela adversidade.
Entre o desejo e o medo, por vezes, a vida humana é cercada de tentações sem tréguas.
Deus ordena a continência, apresentando-a como a virtude que unifica, libertando o homem da fragmentação, da multiplicidade, sendo a unidade benéfica à alma. Sobre a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, a Escritura orienta.
Ainda presente na memória as imagens daqueles prazeres sensuais de outrora, Agostinho, reflete sobre o sono. Enquanto está desperto, vive castamente, mas nos sonos, percebe a sensualidade, a libidinosidade. E isto ocorre, quando os sentidos estão em repouso.
Indaga-se se, quanto está inconsciente, acerca da plena posse de si mesmo, como se estivesse acordado. Estará a razão adormecida enquanto presentes imagens, desejos e até atitudes involuntárias enquanto dorme? No seu percurso de autoconhecimento e confissão, pede que se refreie o seu apetite pelo concupiscível, a fim de obter a plena paz, completando-se nele as misericórdias divinas.
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