O dom de Ciência é aquele que nos leva a nos relacionar na medida certa com toda a criação e com o Criador. Ou seja, dá a cada um de nós o olhar de Deus para o mundo. Ele ajusta a nossa lente para que possamos nos relacionar com a criação de forma equilibrada. Pelo pecado, essa relação entre o homem e a criação foi machada. Continuamos atraídos pela beleza dela, mas de uma forma ambígua, deturpada pelo hedonismo, materialismo e egoísmo. A criação hoje pode nos atrair para Deus como também nos seduzir e afastar Dele. Pelo dom de Ciência, o Espírito Santo limpa as nossas lentes manchadas e nos dá a graça de enxergarmos com o olhar de Deus.
“Quando os nossos olhos são iluminados pelo Espírito, abrem-se à contemplação de Deus, na beleza da natureza e na grandiosidade do cosmo, e nos levam a descobrir como cada coisa nos fala Dele e do seu amor. Tudo isto suscita em nós grande admiração e um profundo sentido de gratidão! É a sensação que experimentamos também quando admiramos uma obra de arte ou qualquer outra maravilha que seja fruto da invenção e da criatividade do homem: diante de tudo isso, o Espírito nos leva a louvar o Senhor do fundo do nosso coração e a reconhecer, em tudo aquilo que temos e somos, um dom inestimável de Deus e um sinal do seu infinito amor por nós”, ensina o Papa Francisco.
Esta foi a experiência vivida por São Francisco de Assis, baluarte da Vocação Shalom, quando compôs o Cântico das Criaturas. “Louvado sejais, meu Senhor, no conjunto de todas as vossas criaturas, especialmente pelo irmão sol… Ele é belo e radiante com grande esplendor, e traz o vosso sinal, ó Altíssimo… Louvado sejais, meu Senhor, pela irmã água, a qual é muito útil e humilde e preciosa e casta…”.
Continuando nossa preparação para o Pentecostes, supliquemos hoje a graça deste olhar de Deus sobre as coisas. Vinde Espírito Santo, e enviai do Céu um raio da vossa luz.
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